NATAL EM MONS SANCTUS - PARTE SEGUNDA
E, ao terceiro dia de inesperada claridade alvacenta, o viageiro muniu-se de forças para desafiar dois percursos terrestres. O primeiro, logo em Monsanto, dá pelo nome de Rota dos Barrocais, palavra que significa paisagem rochosa coberta com blocos insulados procedentes da meteorização da formação granítica subjacente, o que, em termos leigos, se definiria por conjuntos de enormes pedregulhos, alguns deles encostados ou mesmo sobrepostos.
Um homem olha para cima, hesita se não devia usar o mais habitual caminho para o castelo, faz das fraquezas forças, e rapidamente obtém o primeiro prémio: a casa que foi de Zeca Afonso. De lado, uma lápide recorda a estada do cantor em Monsanto. Ali se diz que, seguro do fim que se avizinhava, terá afirmado: “Já não volto à Beira!”.
Rios que vão dar ao mar / Deixem meus olhos secar / Águas das fontes calai / Ó ribeiras chorai / Que eu não volto a cantar.
Montanha acima em direcção ao nordeste, atingem-se os Penedos Juntos: Dois pares de grandes penedos que, separados por fractura do afloramento a que pertenciam, se soltaram e aqui se fixaram, criando um estável equilíbrio. Assim é, e, para deleite dos visitantes, a justaposição dos penedos produz ao mesmo tempo um abrigo e uma passagem. Atravessemos e prossigamos, espantados da beleza do inóspito:
De pedras julgava o viajante ter visto tudo. Não o diga quem nunca veio a Monsanto.
(José Saramago... Com a devida vénia).
Um homem detém-se junto às placas informativas do percurso, mas também a olhar com olhos que nunca assim viram, cegueira de quem vai por ir:
– Vens ou ficas? – pergunta-lhe a mulher já umas toesas bem acima.
Uma pedra ao nível do chão reclama por nome próprio: Lage das Treze Tigelas ou as Tigelinhas da Fidalga. O sendeirista conta-as: 14, pois uma está escondida, e isto não é novidade para a alminha que ali colocou a placa que, certamente, terá preferido manter-lhe o nome pela qual a pedra é conhecida, furtando-se a eventual reacção popular negativa: “Ainda me caía uma pedra em cima”, terá dito bem a-propósito. Para que se saiba que o viageiro é rigoroso, aqui fica a explicação técnica para o fenómeno: Quando a rocha é exposta, dá-se uma erosão diferenciada, decompondo-se nas áreas agora correspondentes às covas, processo geológico conhecido por meteorização química.
Castelo à vista – forma de dizer, entenda-se – o caminhante dá com a capela e necrópole de S. Miguel, a primeira já sem cobertura, exposta à chuva e ao sol, ao silêncio de Inverno e ao oh! de espanto no Estio. O povoamento medieval de Monsanto foi feito ao redor do templo românico construído por volta de finais do século XII, tendo, nos últimos tempos, surgido a dúvida se não terá sido erigido em cima de monumento anterior, o que a ser verdade, levantaria novas questões acerca da colonização e objectivo do espaço. Curiosamente, afirma-se que a necrópole é anterior ao templo: um dado importante para a questão atrás colocada.
Um homem é curioso, não lhe fica mal se tal endereçar para o conhecimento. Naquele lugar cruza-se um outro percurso que chama a atenção mais que não seja por parecer bem menos utilizado. Ao longe, um arco de pedra grita “vem-me visitar”:
– Onde vai dar este percurso? – pergunta a mulher.
– Não faço ideia. No limite... volta-se para trás.
Que graça teria uma aventura, se soubéssemos de antemão tudo o que nos espera?
A capela da qual nada resta teve por orago S. João. Possui as paredes arruinadas, lajes jazendo ao deus-dará pelo chão. Terá sido construída por volta do século XVI, talvez um pouco antes, havendo notícias de servir a prática de culto duas centúrias mais tarde. A imaginar o tamanho da pequena capela de uma nave, o arco estranhamente imaculado surge, desproporcionado. Alguém se terá entretido a construí-lo, provavelmente no século passado, mais para enquadramento fotográfico do que por outra qualquer razão. Prossigamos.
E das trevas nasce a luz: o percurso leva-nos à porta falsa ou da traição. A primeira impressão é que a natureza muito terá facilitado a vida aos homens, pois o aproveitamento das pedras é engenhoso, bastando a construção manual de alguns segmentos de panos de muralha para lhe garantir a defesa. Trabalho sério, devem-lhes ter dado as torres góticas que ritmavam os panos da longa cerca.
Há duas curiosidades à volta da pequena porta. A primeira reside no princípio da possibilidade dos sitiados poderem efectuar ataques nocturnos sobre os sitiantes, sem perigo de maior para a urbe. Acontece que muitos foram os exemplos (não obrigatoriamente em Monsanto) da operação efectuada em sentido contrário, isto é, alguém, no interior, traía os seus, abria a porta, e permitia o acesso dos inimigos ao castelo. Em muitos dos casos ficou por se saber se Roma pagou a traidores. Daquele facto decorre a segunda curiosidade: a porta esteve emparedada, pelo menos, em parte da sua história, pois não se registam notícias da sua existência em relatórios do século XIX.
Contudo, o viageiro não entra ainda, pelo menos para já, não consegue desfitar o horizonte sem deitar um último olhar para a banda donde viera. Os calafrios da nortada sopram rijos, a manhã vai áspera, o visitante amantalhar-se-ia para se resguardar se de tal se provera; não o fez, resta-lhe aconchegar a grossa camisola ao corpo. De além das longínquas cumeadas que enganam os olhos pois à mão parecem estar, ergue-se o maciço da fortaleza de Penha Garcia. No pendor da serra, erguidos nas lombadas dos desníveis próprios da montanha, os inóspitos pedregulhos provocam-nos; parecem induzir, ainda mais forte se possível, a ideia do frio gelado que em nós se entranha regorgitado pelo vento gemebundo. Lá para a baixa da serra impera ainda a geada, o sol teima em privilegiar os cumes e as portelas por onde o viageiro caminha: eis o castelo! Finalmente.
A fortaleza foi construída sobre uma anterior atalaia, provavelmente muçulmana, pelos Cavaleiros da Ordem do Templo, a quem Afonso doou grande parte das terras beirãs com a contrapartida do seu povoamento e defesa. No século XIII o local foi reformado com elementos góticos, altura em que se deu o acastelamento do cume. No perímetro interior ergue-se a capela de Santa Maria do Castelo, datada do século XVIII. Apresenta-se em melhor estado do que a de S. Miguel, ainda que sem motivo que a recomende. Nas imediações, foi construída, no século XIX, uma rampa que acede a um muro para encaminhar e instalar quatro canhoneiras: sinal de que a guerra não está assim tão longe como a supomos.
A delimitação da área da fortaleza obedecia a parâmetros próprios da época: torre de menagem (hoje inexistente) num ponto alto a meio da cerca; cidadela/alcáçova numa espécie de pátio amuralhado com uma só porta. É naquele lugar que anualmente se celebra a lenda da bezerra, história de tal forma similar à de Deu-la-Deu Martins, que aqui me escuso de a contar, acreditando que o leitor não se tenha esquecido do que aprendeu na escola primária.
Uma caminhada serra abaixo que por vezes obriga ao apoio entre os ramais do arvoredo, leva-nos a um sítio encantador, charme que, logo à chegada, se percebe também ser o preferido dos pares de namorados ou mais qualquer coisa que por ali circulam. S. Pedro de Vir-a-Corça é basicamente o local onde está instalado um templo de nave e cabeceira tripartida, formado por ousia (zona do altar-mor) ladeada por estreitos absidíolos. Está fechada a igreja, pelo que nada mais se lhe adivinha que não as formas. Possui, na fachada, porta e rosácea que auxiliam a adivinhar-lhe o estilo – românico nacional tardio – e época – século XIII –. A exploração do espaço em redor leva a um campanário habilmente construído sobre uma rocha. Quanto aos sinos, agora ausentes, desconhece-se-lhes o paradeiro... ou o visitante ficou na ignorância acerca do valhacoito. O estranho nome do local está ligado à história de um anacoreta, de nome Amador, cuja lenda inclui uma mãe e um filho, a tentação do diabo, e uma corça generosa em doar o leite para salvar o rebento humano.
Ah, é verdade! É preciso fazer o caminho de volta; para cima, a cabrear e a bufar, que pela aba da serra está um calor dos diabos... ou será tão-só o produto da humidade e do esforço da subida?
Escrever/descrever uma história pode ser moroso, todavia, possui também a vantagem de viajar mais rápido do que o tempo, algo semelhante a uma película em que o realizador, entre duas imagens, coloca a informação “Dois anos mais tarde...” Não vai o escriba abusar da serventia; avança apenas um par de horas e coloca o viageiro junto à Igreja Matriz de Penha Garcia, local onde começa a Rota dos Fósseis.
Não tem este sendeirista fervor especial por elementos petrificados normalmente a requererem olhar treinado, contudo, a paisagem, vista do castelo, desafia à descoberta. A primeira parte do trajecto é auxiliada por todos os santos, no que se deduz que se dirije para baixo, em direcção à barragem que aprisiona o Ponsul.
É tempo de calar, escutar os silêncios das águas do rio que a nosso lado correm, aqui ajudando velhos moinhos de rodízios a gemer na sua vetustez; ali caindo em cascata (ainda que artificial), formando uma frondosa piscina (Fonte do Pego): mais além correndo na levada, saudando o avô Cassapo, do qual somente o espírito pairará ainda por ali. Pelo caminho, as bem conservadas casas dos moleiros, espectadores privilegiados da pigmentação amarelada das colinas. Dessedenta-se o viajante que água mais pura não haverá no mundo... pelo menos assim lhe pareceu naquele momento – perdão terá pelo dislate, certamente.
Seria injusto da parte do visitante não mencionar outros atractivos, que os há, em Penha Garcia, a começar pelo magnífico pelourinho, e, muito particularmente, a Virgem de Leite, com morada na Igreja Matriz. Lê-se no folheto respectivo que a peça é gótica e feita em pedra de ançã com o manto azul-escuro e a túnica vermelha, isto a fazer fé nos vestígios policromáticos. O panejamento revela um grande cuidado artístico. O manto cai da cabeça sobre os ombros, apanhado com o braço esquerdo, passa pela frente num conjunto de pregas cheias em quatro curvas harmoniosas, prendendo no lado direito, depois de cobrir o Menino da cintura para baixo. Os sapatos terminam em bico. A cabeça encontra-se levemente inclinada com os cabelos caídos pelas costas. A mão direita segura o Menino e a esquerda toca-lhe o pé direito. Apresenta uma coroa fixa trabalhada ricamente. Jesus aparece em tronco nu, a ser amamentado e a olhar para a mãe. A impressão do observador é a de que Jesus se apresenta com proporções exageradas, bebé de quase um metro de altura.
Compromissos anteriores obrigam a encurtar a tarde para ir a Idanha-a-Nova buscar vitualhas festivas encomendadas à medida de quem não está na própria casa. De volta a Monsanto a mulher recorda o quanto lhe compraz ir à missa do galo, instrumento de coesão social entre a população campesina. Porém, o mundo deu muitas voltas: o horário da eucaristia é agora adaptado às paróquias que o responsável único por todas elas detém As badaladas na torre sineira começam um pouco antes das seis da tarde, a pesada porta da igreja desferra-se; aleluia, aleluia, nasceu o Menino Jesus.
Nem todos os homens são de fé, a alguns sobrar-lhes-á a boa-vontade: é assim que este hóspede ocasional de Monsanto gosta de se ver. Aquece-se no madeiro que começou a crepitar ainda há pouco. Durará enquanto os homens quiserem, pois o pinheiro central apresenta-se virente e robusto. Haja presteza em não o deixar apagar.
Relatos em segunda-mão afirmam que os primeiros passos do Menino, isto é, do padre em Seu nome, foram constituídos por forte tropeção na nave central da igreja: querem ver que o sacerdote já leva grão na asa? Chegou também a má-educação ao acto litúrgico: as velhas trocam cochichos, uma delas debita lamúrias do que foi e já não é; tangem e pincham os telemóveis de novos e menos novos; a internet é motivo de entretenga de todos; o ministro do Senhor é cada vez mais mero secretário: mau sinal, mau sinal. A seu tempo são os fiéis convidados a cumprimentarem-se; fá-lo somente quem se conhece: é Natal... é Natal... E o pior é a seresma que de tão pia se querer mostrar, "exocrina" os ouvidos dum cristão. Na verdade, a beata não “pia”... grita.
Improvisa-se anormal refeição no quarto: presunto, queijo, doçaria variada, vinho e licores. Hora de partir para Penamacor, em busca do apregoado “maior madeiro de Portugal”. A televisão falara dele, aguçara o apetite para ver algo incomum. À chegada, a única anormalidade residia no facto de pouco restar das labaredas da tarde, embora a suposta área ocupada pela madeira fosse generosa. Querem ver que por aquelas bandas ninguém sabe que, ateado o fogo, há que ir juntando a matéria combustível, sem falar da importância de acrescentar novos troncos em substituição dos já ardidos? Saberão, certamente, mas como a televisão já lá estivera... Para não ser inteiramente injusto, diga-se que a vila estava aprumada e embelezada com iluminação como Cascais, por exemplo, não possui.
Volta o viageiro a Monsanto, onde o madeiro resiste e aquece quem a ele se chega.
O bolo-rei vai ser partilhado na recepção com o Jorge, que também é gente, antítese de pedra, de tudo o que por aqui existe... ou seremos já todos pedra? Surgem cumplicidades, fazem-se planos; o mundo ficou, subitamente, melhor: é Natal... este sim, o da aproximação dos homens.
O percurso do Erges vai ter de ser adiado; é que a chuva ameaça o prazer. Como a alma não é pequena, reajusta-se o plano: Termas de Monfortinho, onde não se vê vivalma; Salvaterra do Extremo, vila com o maior número de dejectos caninos do mundo por metro quadrado (merda de cão, entenda-se). Se o visitante se conseguir abstrair da visão e cheiro, pode sempre ir deitando um olhinho à matriz, ao pelourinho ou à torre sineira.:
– Chega, leva-me daqui para fora – diz a mulher, cujo olfacto pede meças a qualquer perfumista.
Em Segura o viageiro interessa-se pela magnífica ponte romana. O Erges corre lá em baixo; o tabuleiro define a fronteira: metade minha, metade tua. Os símbolos de Portugal e Espanha espreitam dum e outro lado, recordação do tempo em que a polícia em tudo metia o bedelho. Ir a Alcântara ver a mãe desta ponte, é a dúvida. Não há tempo, ficará para a próxima, não falte a vontade.
O almoço do dia 25 foi atempadamente reservado no Almortão. O santuário mais parece espaço de feira semanal, compreendendo-se mal onde se descobre o fervor religioso. A igreja possui múltiplos elementos pintados a púrpura. O interior não deslumbra. A atenção do visitante dirige-se para a ingenuidade dos votos e as inscrições no chão de acesso ao templo, no qual foram sepultados Inácios, Jóias, Capelos, Belos entre outros, com a curiosidade das datas dos respectivos passamentos se referirem ao século XX.
Já a 26, a caminho de Lisboa, surge Vila Velha de Ródão. A localidade é feiíssima, carregada de chaminés das fábricas a debitar fumo para o ar. Valem-lhe as afamadas Portas de Ródão, onde um homem faz as pazes com a natureza. Lá voltará o viageiro, mais que não seja, pelo castelo do visigodo Wamba. É que, às vezes, mais vale um homem imergir no mito do que na realidade.
Antes de me referir à “ficha técnica” dos restaurantes a que recorri, deixo um comentário à aldeia de Monsanto. Meio de propaganda do ruralismo paternalista do antigo regime, é um belíssimo local onde se faz sentir a desertificação humana. Pelo Natal, a aldeia encheu-se de pedantes famílias donas de solares abandonados, e arrogantes seres idos em busca da comida da avó. Por mim, dispenso-os; prefiro os aldeões que dão os bons-dias com um sorriso nos lábios. Descrever Monsanto é falar dos penedos, das vistas, dos monumentos carregados de história, de um local onde o médico vai três ou quatro vezes por mês, os apoios aos turistas não funcionam, o sino da igreja toca incessantemente toda a noite. Ir a Monsanto é mergulhar no passado com presunção de presente... para o bem e para o mal.
Nota: Perto do cemitério existe uma imagem de Cristo recentemente oferecida à povoação. Pintada de branco, está desajustada de tudo o que “é” a aldeia. Provincianismos!
Vamos aos restaurantes.
Restaurante do Santuário da Senhora do Almortão - Idanha-a-Nova
O melhor da região. Comida bem feita e em quantidades generosas, com um senão: o chef (???) Óscar (gosto mais de “cozinheiro”) participou recentemente num dos inúmeros programas de televisão dedicados à culinária. Não sei se estarei correcto, mas as peças de fruta misturadas no cabrito, no javali, no borrego, na perdiz, prováveis reminiscências do que naquele “aprendeu”, não fazem sentido algum, conforme se prova pelo retorno dos pratos. Preço médio/alto.
Nota: 7
Restaurante Helana – Idanha-a-Nova
Comida feita com cuidado, embora não impressione por aí além. Provei a cabidela, cuja quantidade exagerada de vinagre transmitia um sabor amargo ao arroz. Preço médio.
Nota: 4
Restaurante Petiscos e Granitos – Monsanto
Serviço e comida aquém do mínimo aceitável. Experimentei o bacalhau que não estava no ponto. Preço médio/alto.
Nota: 2
Restaurante O Raiano - Penha Garcia
Cozinha honesta sem motivo de exaltação ou crítica. Um reparo: a internet, disponível “para os espanhóis se entreterem enquanto esperam”, diz o proprietário. O barulho dos equipamentos pelas mesas fora, remetendo os outros comensais para os estúpidos mundos de aventuras e bandas animadas é tão incómodo que me pergunto como poderiam os funcionários ali trabalhar se todos fizéssemos o mesmo. “São eles que cá deixam o dinheiro”, repete a alminha que não compreende que em vez de “lamber o dito cujo” a espanhóis, bem melhor faria em cativar os portugueses. Ah, é verdade: tanto quanto me pareceu, nuestros hermanos esquecem-se amiúde de pedir a factura! Preço médio/baixo.
Nota: 4
Restaurante O Bigodes – Ortiga (Mação)
O peixe de rio fora anteriormente congelado, o que me impede de ter opinião segura sobre a frescura do mesmo. Estranhei que todos os pratos propostos fossem de carne num estabelecimento que é conhecido pelo peixe de rio. A sala é pequena demais para o número de mesas, o que provoca largo desconforto enquanto ali se permanece, posto sermos permanentemente importunados por quem tem bichos carpinteiros no rabo e vontade de fumar um cigarrinho no caco. Preço elevado sem justificação.
Nota: 4
FIM